29 de novembro de 2012

Programaçom para o 29 de dezembro em Ponte Vedra


Mais um ano a Junta em maos do PP segue sem convocar o partido amigável de nadal da Selecçom Galega de futebol e, mais um ano, desde Siareir@s Galeg@s voltamos tomar a iniciativa de suplir este desleixo para com o nosso desporto organizando as jornadas de dezembro. Mas este dia festivo e também de luita nom pretende simplesmente suplir o insuficiente jogo amigável que a nossa selecçom vinha jogando umha vez ao ano, senom que reivindica o nosso primeiro objectivo: a total oficialidade das nossas selecçons desportivas, em pé de igualdade com a de qualquer outro país do mundo. De aí a legenda escolhida este ano: Duas naçons, um objectivo: oficialidade!
Como cada ano, aproveitamos a liberdade que nos dá nom depender das instituiçons para elegir um companheiro de jogo que nos dea a oportunidade de solidarizarmo-nos com a sua causa, que é a mesma que a nossa. Este ano o partido jogarase contra a selecçom oficial do Kurdistám, umha naçom também negada e que sofre diariamente a repressom de quatro estados diferentes, nomeadamente do turco. Com este rival, desde Siareir@s Galeg@s queremos dar-lhe voz ao povo kurdo e estreitar os laços de irmandade entre os nossos países.
Com a forte crise sistémica que padecemos, com as vontades do povo catalám e basco superando os límites da Carta Outorgada do 78 e a autonomía galega morta por inaniçom, o Estado das Autonomías nascido da segunda transiçom bourbónica está chamado a desaparecer. Desde as forças centralistas espanholas sabe-no bem, e nos últimos tempos o desporto foi utilizado como umha das suas principais armas para manter essa suposta “unidade” e “sentimento nacional espanhol”.
Com os mass media do reino trabalhando arreo em dar-lhe publicidade aos êxitos desportivos de La Roja, às vezes semelha que os galegos nom existimos. Semelha que toda essa gente que se indignou quando as ruas se tinguiam da cor do sangue mentres desde Moncloa se preparava umha reforma laboral nom tenhem voz. As galeguinhas ficavamos caladas.
Mas nom é certo. Somos muitas as galegas que exercemos a nossa identidade no dia a dia, também no ámbito desportivo, e este 29 de dezembro teremos umha oportunidade de amosar a nossa indignaçom na manifestaçom nacional que percorrerá as ruas de Ponte Vedra antes do partido. Mas também temos oportunidade de desfrutar e trabalhar em positivo com o partido Galiza – Kurdistám. Ou com o clássico aberto de bilharda. Ou a demostraçom de futebol gaélico, esse desporto celta que está arrasando no nosso país. Ou escuitando a nossa música e a doutros países com os concertos de Cé orquestra pantasma, Rebeliom do Inframundo, Arenga, Falperrys e Berri Txarrak.
Desde Siareir@s Galeg@s animamos-vos a todas as que queredes ver a nossa selecçom jogando o mundial a vir a Ponte Vedra o 29 de dezembro. Umha naçom, umha selecçom!
UMHA NAÇOM, UMHA SELECÇOM!


18 de novembro de 2012

LUGO 1-2 GIRONA







O Xirona alcanzou este sábado o liderado da liga Adelante, á espera do resultado que cultive o seu próximo rival, o Elxe, este domingo ante o Alcorcón, con dous remates de cabeza, practicamente as súas únicas ocasións, que lle serviron para cortar o refacho do Club Deportivo Lugo (1-2) no Anxo Carro, onde os branquivermellos sacaran adiante os tres partidos anteriores.

O Lugo levou o peso do xogo, pero ao Xirona bastáronlle dúas poutadas. Un deles foi aos oito minutos, no seu primeiro achegamento con perigo á portería de Yoel, ao que bateu Acuña, sen oposición desde o segundo pau, cun cabezazo a centro de Jandro.
O cadro local tomou as rendas do partido, pero sen callar as ocasións. Unha falta que executou Pablo Álvarez e rozou o poste da portería de Dani Mallo e un saque de esquina que cabeceou Rubén Durán foron as mellores ocasións do Lugo antes do descanso sobre un céspede en mal estado pola choiva e que non facilitou o xogo dos de Quique Setién.
O Lugo colleu forzas no tempo de reflexión, buscou o gol con ocasións de Pita, Pablo Álvarez e Óscar Díaz e logrou o empate a falta de 22 minutos para o final cun tanto de Iago Díaz, que se estreou como goleador na liga Adiante aínda en idade xuvenil.
O coruñés Dani Mallo evitou o segundo dos lucenses tras un lanzamento de falta raso de Pablo Álvarez e o que menos expuxo no Anxo Carro, o Xirona, atopou o premio do gol no seu segundo remate entre os tres paus. Corría o minuto 76.
 17/11/2012 - Agencias (Lugo)

1 de novembro de 2012

Yoel Rodríguez, porteiro do CD Lugo: “Gostaria de poder jogar na seleçom porque é um orgulho para qualquer galego”

Reproduzimos a seguir a entrevista a Yoel Rodríguez publicada no número 119 do jornal Novas da Galiza, na que o ex porteiro do Celta e actual porteiro do CD Lugo valora a presente situaçom do futebol galego e aposta por recuperar os encontros amigáveis da seleçom galega.
ZÉLIA GARCIA / O atual porteiro do CD Lugo, foi um dos jogadores galegos que conseguiu que o Celta de Vigo ascendera a Primeira Divissom em junho do 2012. Na festa do ascenso, este moço de 24 anos, viguês do bairro de Coia, saía a celebrar com a estreleira às costas, ainda que ele lhe resta importáncia, e assume o feito com normalidade: “Túñez também levava a de Venezuela”. Falamos com ele, junto aos seus cavalos, umha das suas grandes paixons, dos seus começos no mundo deste desporto, do bom momento do futebol galego, e da importáncia da canteira, “porque sentimos as cores de outra maneira”.
Como começa a tua historia com o futebol?
Eu comecei como qualquer rapaz e, pouco a pouco, vas medrando, tés as ideias mais claras e decideste por isto. A partir de cadetes foi quando apostei forte por ser um jogador profissional. Com seis anos comecei a jogar. Eu nom gostava de ser porteiro, preferia jogar arriba. O que se passa é que tinha um problema: nom gostava nada de perder e quando perdia, e sobretodo nessas idades que nom tés tanta cabeça, dava muitas patadas e pelejava, e o meu tio, dixo que eu tinha que ser porteiro, que ele também tinha jogado nessa posiçom, e assim foi.
Nota-se a crise económica também no mundo do futebol? Vivem-se mudanças nesse sentido determinadas por motivos económicos no vosso sector?
A crise nota-se, claro, e o positivo é que a gente da canteira temos mais facilidade para sair hoje, porque agora os clubes já nom tenhem dinheiro para fichar tanta gente.
Como foi para ti viver o ascenso do Celta?
Foi todo mui intenso, e foi o meu melhor momento, o mais feliz como jogador. Todo o que aconteceu no estádio e depois do bus, e pola cidade ao dia seguinte foi mui bonito. Tanto eu como o resto de companheiros guardaremos para sempre um grandíssimo recordo desses dias.
Nessa festa do ascenso tiveste um recordo mui especial para a tua família.
Nesse momento tam feliz que foi para mim o ascenso quigem lembrar-me das minhas avós: umha quando eu era um rapaz e tinha seis anos faleceu, e a minha outra avó dous dias depois de ascender também morreu. Cada dia que me preguntavam polo ascenso, que a quem lho dedicava, eu sempre falava das minhas avós, porque ela dixo que queria ver o seu neto jogar em Primeira e ao final, por circunstáncias, nom o conseguiu. Eu penso que elas estám aí arriba e eu vou-me esforçar ao máximo para que um dia poidam ver-me em Primeira e que desfrutem comigo.
Como está a ser a experiência deste ano no CD Lugo?
Mui boa, nom pensei que me fosse adaptar tam rápido à cidade, e todo está indo mui bem. Também me acoplei mui rápido com os companheiros. Na Segunda Divissom a gente joga cada vez melhor ao futebol, e este ano há equipas que resulta estranho encontrá-las em segunda pola sua qualidade. O CD Lugo está a adaptar-se mui bem à categoria. Demos a talha em campos mui duros como no do Sporting, por exemplo, e estamos a fazer bom futebol e sacando bons resultados.
Como valorizas toda a polémica com os horários dos jogos e as televisons com a LFP? É possível para umha equipa pequena, com menor orçamento que Barça e Madrid, destacar na Liga tal e como está conformada na atualidade?
Neste tema os jogadores temos pouco a dizer porque todo depende dos clubes e da LFP. É complicado que umha equipa se poida parecer a um Barça ou Madrid, mas podemos destacar à nossa maneira, deixar a nossa pegada e surpreender a mais de um, para além do dinheiro.
Crês que os clubes deveriam fomentar a canteira, qual é a tua opiniom?
Os clubes tenhem que fomentá-la porque a gente da casa vivemos de outra maneira o futebol à hora de defender as cores. O fundamental é pôr vontade, interesse e ganas de treinar, de chegar aí e dá-lo todo.
Como valorizas o momento atual do futebol galego?
É mui bom, com equipas em primeira, em segunda e segunda B. Isto vem-lhe mui bem à Galiza, e eu aguardo que continuemos neste caminho. Neste caso trabalharei para que o CD Lugo mantenha a
categoria, e aguardo que o Celta a mantenha, e o Coruxo e o Ourense também. É positivo porque somos muitos os jogadores galegos que estamos demonstrando o nosso alto nível em todas as competiçons.
Entom seria um bom momento para a Junta da Galiza relançar as convocatórias dos jogos oficiais da seleçom galega? Participaste de algumha das convocatórias anteriores?
Eu nunca estivem, só quando era mais novo em cadetes e juvenis, mas na primeira plantilha nom estivem. A verdade é que gostaria de poder jogar algum dia na seleçom galega porque sempre é um orgulho para qualquer galego. Quando se jogou em Balaídos, como em San Lázaro ou Riazor, foi um espetáculo. Eu estivem no jogo de Balaídos e cheguei ali, vim o campo cheio, escuitei o hino, num ambiente excepcional, foi emocionante. Som cousas que nom se vivem todos os dias, e que haveria que repetir.
Como levas ser umha figura pública e mesmo contar com um clube de fans?
Agradeço muito o carinho da gente, sentir que há quem aprecia o teu trabalho, e mesmo os sorrisos pola rua de gente que nom conheces, mas eles reconhecem-me e apoiam-me.
Que mensagem lhe trasladas a aqueles rapazes e raparigas que se queiram dedicar a este desporto de um jeito profissional?
A mesma que lhe traslado ao meu irmao mais novo, que também joga ao futebol, e que tanto serve para o futebol como para a vida em geral: é que há momentos em que as cousas se torcem ou se endireitam, mas temos que obrigar-nos a nós mesmos a nom nos render nunca, estar sempre dispostos a dar a batalha polo nosso sonho.
Que metas profissionais te marcas?
O futebol é um trabalho mui cambiante. Eu tivem a sorte agora de sair de umha equipa galega e poder ir para outra, mas som consciente de que podo nom ter esta sorte sempre. A minha primeira meta é fazer as cousas o melhor possível, deixar ao Lugo em segunda, e o que venha o ano que vem que seja bem-vindo. Se fazemos todas as cousas bem agora, a próxima temporada será melhor. Eu pertenço ao Celta e nom vou mentir: aguardo poder ficar no Celta, demonstrar que eu sim que quero ficar aqui.